universalismo crístico
O novo padrão espiritual do terceiro milênio, o Universalismo Crístico, não deve ser visto como uma “salada de religiões”, porém como a união de todos aqueles que sentem a luz de Deus em seus corações convidando-os à construção de um mundo melhor. Sinceramente, não importa no que acreditamos, mas sim como as nossas crenças nos transformam para nos tornarmos pessoas melhores, contribuindo, assim, para que o amor de Deus vença as imperfeições e limitações de nossos egos..."
A concepção do Universalismo Crístico visa, em essência, despertar as pessoas para pensarem o tema Espiritualidade de uma forma diferente, liberta e inovadora para que conquistem a oportunidade de viverem uma experiência espiritual completa, plenamente lúcida e com resultados realmente grandiosos em sua evolução infinita rumo à iluminação espiritual. Nunca na história de nossa humanidade foi oferecido um modelo tão abrangente e livre para que as pessoas evoluam por suas próprias iniciativas. A Alta Espiritualidade da Terra com isso está nos dizendo claramente: “Vocês não são mais crianças. Acreditamos que possam tomar as iniciativas certas sem serem conduzidos por dogmas ditados por líderes e gurus espirituais. Vocês aprenderam em todos os séculos passados qual o caminho, agora é hora de trilhar esse caminho por suas próprias consciências.”Isso é absolutamente maravilhoso! Passou o tempo de nos ajoelharmos perante Deus, como crianças penitentes, e chegou o momento de sentarmos de forma responsável ao seu lado na mesa de projetos para trabalharmos por um mundo melhor. E isso não é tarefa somente para almas iluminadas. Temos, sim, nossos erros. Mas se somos conscientes deles e trabalhamos para vencê-los, diariamente, então temos direito, também, a assento nessa mesa de trabalho ao lado do Criador.
O Universalismo Crístico é uma idéia, e não uma doutrina ou organização religiosa. Ele possui uma essência incorruptível baseada em seus três alicerces fundamentais:
(I) : o amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes crísticas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador.
(II) a crença na reencarnação do espírito e do carma, pois sem esses princípios não existe justiça divina.
(III) a busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade.
Além desses três princípios fundamentais, o Universalismo Crístico possui dois roteiros inabaláveis:
(I) A lei do amor. Tudo que foge da maior das virtudes deve ser descartado, pois não provém de Deus.
(II) A busca da verdade. Jesus nos ensinou: “Conhece a verdade e a verdade te libertará”. A verdade está onde estão o bom senso e a lógica.
Se alguma atitude ou novas idéias fugirem desses três alicerces e dois roteiros, poderá ser chamada de qualquer coisa, menos de Universalismo Crístico. E cabe a cada um de nós, que buscamos a universalidade do saber espiritual, jamais dar respaldo a essas novas dissidências que fogem desses princípios. Obviamente que devemos sempre respeitar as idéias alheias e até mesmo apoiá-las, se forem alicerçadas no amor, no entanto, não podemos jamais permitir que o Universalismo Crístico corrompa a sua essência. Trata-se apenas de um roteiro que tem por objetivo apoiar a caminhada espiritual da humanidade, permitindo a todos liberdade de ação. Se consentirmos que seu “esqueleto central” seja corrompido, o Universalismo Crístico perderá a sua importância e destaque acima das religiões, e tornar-se-á mais uma das milhares de crenças e seitas que existem pelo mundo. Somente a sua estrutura consolidada e incorruptível manterá a sua mensagem universal e perene.
A construção do Universalismo Crístico deve ser feita através do debate sadio e sensato, sem melindres. Ninguém pode ser arvorar como dono infalível da verdade. Comungarmos com essa atitude é voltarmos à época em que se construíam filosofias espiritualistas a partir da percepção de pessoas tão limitadas quanto nós, mas que se vestiam de uma aura mística e absoluta para impor suas idéias, geralmente distorcendo a mensagem cristalina dos grandes intérpretes Crísticos da Terra.
No Universalismo Crístico não existem generais e soldados. A hierarquia absolutamente não existe. Nele, somos todos irmãos, com igual voz nos debates e estudos, contudo precisamos realizar uma verdadeira reflexão interna e meditarmos sinceramente sobre nossos conceitos e atitudes, para estarmos à altura da seriedade necessária para a instigante busca proposta por essa abrangente filosofia. Como diria Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo!”, e tudo mais te será revelado."
Espiritualismo Universalista e Universalismo Crístico não são a mesma coisa. O primeiro poderíamos entender como a designação daqueles que desejam se identificar com uma corrente religiosa com princípios espirituais mais avançados, rompendo com o rigor das religiões tradicionais. Já o Universalismo Crístico é uma metodologia de estudo e compreensão espiritual, que independe das religiões. Ninguém poderá se chamar de “Universalista Crístico” no futuro, porque não se trata de uma religião, que tentará impor, com o passar do tempo, seus dogmas. As religiões terminam naturalmente impondo suas verdades como absolutas; o Universalismo Crístico parte do pressuposto inverso, que todos nós devemos buscar essa verdade através do estudo e da expansão de nossas consciências, a partir de nossas experiências e reflexões, e jamais porque alguém determinou que fosse assim.
O êxito na implantação do Universalismo Crístico é crucial para o futuro da Terra. O inevitável afastamento das religiões (que já está acontecendo, devido a elas não atenderem mais às concepções modernas) está afastando o homem da busca do Bem e do saudável cultivo dos bons valores que norteiam a humanidade. A busca de Espiritualidade é o necessário “equilíbrio da balança” para contrapor-se ao desaparecimento sistemático da ação religiosa sobre os homens, como ocorria no passado. Sem a Espiritualidade consciente do Universalismo Crístico, a humanidade perderá seus valores fundamentais, o que causará um retrocesso no processo evolutivo de nosso mundo.
O Universalismo Crístico, tem por objetivo principal despertar a consciência espiritual nas pessoas, libertando-as da alienação, independente de terem ou não uma crença religiosa. As novas gerações, cada vez mais, se distanciarão do modelo religioso que conhecemos, de submissão a dogmas e rituais litúrgicos. No entanto, a filosofia espiritual dos grandes avatares da Terra deve ser sempre estudada e praticada. As religiões e sua ritualística podem ser descartadas, mas a mensagem dos grandes mestres é o farol que nos conduz aos verdadeiros valores espirituais. E creio que o bom filósofo, mesmo que ateu, agnóstico ou cético, reconhece a grandeza filosófica e espiritual das mensagens de mestres como Jesus ou Buda.
A falta de religiosidade não é vista como problema nenhum pela Alta Espiritualidade. As religiões são organizações humanas, e não espirituais. O que Deus espera de nós é que “amemos os nossos semelhantes como a nós mesmos e não façamos aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem”.
Religiões são apenas instrumentos para a compreensão de Deus, não são o próprio Deus. Jamais coloquem as religiões acima do amor aos seus semelhantes. Amem ao seu próximo, e não às religiões. Elas estão aqui para servir-nos, e não para sermos seus escravos. O plano espiritual superior fica mil vezes mais alegre com um ateu em harmonia com seus irmãos e o planeta, do que um religioso que vive escravizado aos seus rituais, dogmas e regras de comportamento, mas se esquece de realizar o seu papel para construir um mundo mais fraterno. No entanto, a prática do bem viver associada a consciência espiritual permite ao ser humano uma melhor experiência de aprendizado no campo dos valores espirituais. Aliar a prática dos bons valores à consciência espiritual é garantia de grandes conquistas espirituais e de uma verdadeira realização pessoal, encontrando a definitiva felicidade.
Percebam, meus amigos, que uma nova consciência está surgindo com a chegada da geração do terceiro milênio. E precisamos nos adaptar a ela para melhor auxiliar a busca de Espiritualidade de nossos filhos e netos. Quem for contra essa tendência, vai perder a “conexão” com os seus filhos, fazendo-os se desligarem, também, da saudável busca espiritual. A ausência do aconselhamento paterno pode levar os filhos a caírem nas mãos das drogas e/ou outros caminhos sombrios. A maior missão que temos para realizar nesse mundo não é sermos grandes médicos, advogados, professores, etc. Isso é importante também. Mas a nossa principal missão é educarmos bem os nossos filhos para que se tornem no futuro grandes homens e grandes mulheres, sedimentando em seus corações e mentes os verdadeiros valores da alma, independente das religiões e sua excessiva formalidade.
Não meditar e filosofar sobre quem somos, de onde viemos, e qual nosso objetivo na vida, é alienar-se, ou seja, morrer em espírito. Dessa forma passamos a ser máquinas de carne alienadas que apenas aguardam o momento de desencarnar e voltar para a pátria espiritual em débito, necessitando resgatar todo o tempo perdido. Meditar e não colocar em prática é aprender, mas, infelizmente, não viver. Somente realizando as duas coisas, cresceremos espiritualmente e alcançaremos a tão sonhada felicidade eterna. O Universalismo Crístico em essência é exatamente isso. Aprender com a filosofia espiritual ensinada pelos grandes mestres de todas as religiões, e, sinceramente, colocá-las em prática, libertando-se da alienação espiritual vigente no mundo nos dias atuais.
Jesus nos disse: “Conhece a verdade e ela vos libertará”, “não olhe o cisco no olho de teu irmão; veja a trave que encontra-se no seu” e diversos outros “antídotos antialienantes”... cabe a nós abrirmos nossos olhos e percebermos esses ensinamentos e colocá-los em prática.