E como a matéria tem que se espiritualizar na exata proporção que o espírito tem que se materializar.

Projetistas fazem canais, arqueiros airam flechas, artífices modelam a madeira e o barro, o homem sábio modela-se a si mesmo. – Buda Gautama Sakyamuni

“Te Advirto, quem quer que sejas, Oh Tu que desejas sondar os Mistérios da Natureza. Como esperas encontrar outras excelências, se ignoras as excelências de tua própria casa? Em Ti está oculto o tesouro dos tesouros.

"Lembra-te que não é o que tu pensas que cria o que tu És. É o que tu És que criou o que tu pensas e que se afastou disso. Assim, portanto, a Vibração estava ligada à consciência mas do vosso ponto de vista: aquele da personalidade."

“Não acredite no que você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então, aceite e viva para isso.”

Siddharta Gautama, o Buddha


Sim!...o tao sabe disso!
hipocrates sabia disso!
a homeopatia sabe disso!
não existe doenças e sim doentes!
uma pessoa so recebe um vírus...
quando o seu corpo ja esta pronto para recebe-lo!
ou seja,...
ja quebrou sua cadeia imunológica!
e assim é com qualquer patologia!
por isso!....
a unica cura verdadeira!...
é saber conservar o corpo dentro das leis que o regem!
Tomaz Aldano



“Nem mente, nem intelecto, nem ego, nem sentimento ..."
Só amor sabedoria.

Na verdade, é por focalizar-se mais e mais na luz que você atrai a escuridão e você terá que começar a lidar com ela num momento, pois ela é algo que torna você mais poderoso e mais
perigoso para as forças do mal.


24 de fevereiro de 2011


Análise Socrática dos Tempos Atuais: 
Do Mundo Virtual ao Espiritual


Frei Betto


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de
espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula á tarde'.

Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais
tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta
coisa?', perguntei.

'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu
programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis
livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de
ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me
preocupo com a desproporção em relação ao exercício do espírito.

Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha,
uma maravilha, não tinha uma celulite!'

Mas como fica a questão da subjetividade?

Da espiritualidade?

Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma
preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é
virtual.

Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos
também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da
imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador de TV, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar esse refrigerante, vestir esse tênis, usar essa camisa, comprar esse carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba  precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as
cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil,
constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers
tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de domingo. E ali dentro tem-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela
musiquinha de esperar dentista.

Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis
objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma
mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou
apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados,
explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça
percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o
assediavam, ele respondia: - "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"


Enviado por wellington regadas

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