RESGATE DA CRIANÇA INTERIOR

Os aprendizados mais valiosos são os mais simples e os que estão bem diante de nós.
Sempre aprendi muito com meu pai e continuo aprendendo. Ele sempre consegue com os exemplos mais elementares me fazer compreender as grandiosidades. Lembro-me até hoje que com dois imãs se repelindo ele me ensinou que jamais foi preciso ver para crer.
Ele se iniciou nos estudos recentemente, com alma e coração abertos ao novo e isso o permitiu constatar que tudo não era novo, e sim lembranças. Ele está acessando de forma impressionante e acelerada suas lembranças através das leituras, meditações e orações diárias. Ele também está se conectando com ele mesmo e transbordando Amor, Alegria e a serenidade que a compreensão traz. É maravilhoso conversar com ele e ver o brilho em seus olhos a cada re-descoberta.
Esses dias ele compreendeu amplamente o conceito de dualidade que tanto ouvimos falar através do exemplo do resgate da criança interior, que muito tem sido lembrado, de várias formas, em canalizações e em muitos dos textos aqui do MM.*
“É tão simples. Para alcançarmos o caminho da Unidade, para encontrarmos o retorno à nossa essência, devemos resgatar nossa criança interior.“ (assim ele disse.)
Nascemos Unos com o Todo, nascemos sem nenhum conceito do que é certo ou errado, ou seja, sem nenhum conhecimento e percepção da dualidade. Nascemos integrados com o Todo e vamos ‘perdendo’ essa integração nos fragmentando a cada "educação", a cada "aprendizado" captado do ‘externo’, de fora de nós. Aliás, até mesmo esse conceito de dentro e fora de nós fica enraizado e acaba por pré-determinar as crenças que vamos alimentando e desenvolvendo ao longo de nossa vida.
Enquanto criança não nos acostumamos com a beleza da vida, cada cor, sabor e textura é uma festa. Nos encantamos com a cor do céu e suas nuvens de algodão doce. Cada elemento da natureza é o cenário perfeito para nossa imaginação, para ser tudo que queremos ser. Não é preciso nenhum motivo para soltar uma gargalhada gostosa. Todo cachorro é o ‘au-au’ e todo gatinho é o ‘miau’ e sempre os recebemos com grande alegria e entusiasmo.

Mas as vezes choramos por vários motivos. Nos assustamos com esse mundo grandão, tão bem "mais grande" que a gente. É aí que entra o bicho-papão: ‘Não chora senão o bicho papão vai te pegar!”.
Conhecemos o medo tão pequeninos e vamos nos fechando e enclausurando-nos num mundinho limitado de idéias, conceitos, limitações e generalizações. Nosso mundão tão grandão vira uma bolinha de gude que só podemos brincar depois de tomar banho.
Sim, na 3D aprendemos dentro do que é certo ou errado. ‘Se botar o dedinho na tomada vai levar choque’. ‘É bom pra aprender’. Não há mal nenhum nisso, afinal tudo vai se encaixar no lado bom ou no lado ruim. Se estamos aqui em num mundo onde prevalece a dualidade e o livre arbítrio, nada mais normal que aprender com tudo isso.
O que ocorre é que pouco a pouco, passo a passo, a dualidade cria os conceitos e as crenças, quelimitam todo e qualquer aprendizado novo. E quanto mais passos nessa direção, mais distante vamos ficando de nossa verdadeira essência. Crescemos mas nosso cercadinho nos acompanha e usamos apenas os brinquedinhos dentro dele para compreender o mundo a nossa volta. “Essa novidade é maravilhosa, mas eu ainda prefiro o aviãozinho do meu cercadinho...eu cresci brincando com ele, não deve haver brinquedo melhor nesse mundo”.

Você se lembra qual foi a última vez que você riu até dar câimbra na barriga? Que soltou uma gargalhada sem motivo algum? Que se encantou com a beleza do laranja-rosado do céu e com as formas majestosas das nuvens? Que sentiu umaalegria imensa só por estar pertinho de alguém que ama? Que falou o que pensou sem se importar com a opinião alheia? Que foi sincero? Que chorou porque sentiu uma tristeza que não sabe nem explicar de onde vem? Que comeu um bolo de chocolate lambendo os dedos?
E a última vez que olhou sem véu nenhum para esse mundo? Sem nenhuma ‘maldade’ que pudesse impregnar e manchar a sua visão? E alguma vez já tentou enxergar com a inocência dos olhos de uma criança?
É como simplesmente respirar, nós nascemos respirando perfeitamente e até isso vamos perdendo pelo caminho.
Vivemos em um mundo em que a pureza da inocência virou

A volta à nossa essência depende do abandono de tudo que construímos dentro do nosso “cercadinho”, inclusive dele mesmo. É como se permitir dar os primeiros passinhosnovamente, limpos e livres de qualquer crença, opinião, conceitos e julgamentos. É aceitar a mão que nos é oferecida a todo instante. É cair na gargalhada se der um passinho torto e cair no chão. É levantar-se novamente com toda GRAÇA, pois estamos aprendendo a caminhar para a UNIDADE.
É ser inocente, livre, leve e solto.
Quer saber, eu vou em busca do meu tesouro perdido! Lá na casinha na árvore eu posso ver e ser o Universo inteiro, esse mundão que cabe dentro do meu jardim. Eu vou correr, soltar pipa e comer pipoca. Vem comigo?
Resgatar nossa criança interior é permitir-se o retorno à nossa essência divina, integrada e plena com Tudo que É. Essa compreensão já foi passada para nós sob diversas formas e agora de maneira muito intensa através das canalizações.
“Trouxeram-lhe também as criancinhas, para que Ele as tocasse.
Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.”(Este Reino de Deus significa estar em Unidade, e como criancinha significa estar LIVRE de todos os conceitos de uma mente limitada de 3D.)
Thaís Vidal
Colaboração de Anthonio Magalhães
exraido do blog minha mestria
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