
Mais uma vitória
Glauco Alvares Canhadas em 30 abril 2011
Cada vez que volto a alguns meses atrás na minha vida, e visualizo tudo que tem me acontecido, externamente e, principalmente, internamente, fico surpreso, perplexo, pois as mudanças foram muitas, significativas e em grande quantidade, em pouquíssimo tempo. A forma que eu penso e vejo tudo é completamente diferente, a maneira que absorvo as dores e decepções desta vida é muito mais suave e tranquila, a algum tempo muitas destas dores e decepções me levariam ao desespero, hoje nem ao menos alteram meu humor, muito menos meu discernimento. Sinto-me muito mais centrado em um propósito maior, não me apego mais em pequenos detalhes da vida, mas no que há por trás disso. Não posso ignorar que em algumas pessoas isso desperta, sem minha intenção, certa irritabilidade. A idéia sobre o tempo em que estamos condicionados é cada vez menos significativa, começam a surgir indícios de 'não-condicionamento temporal'. E isto já acontece de forma muito natural, por vezes nem mesmo os percebo. As alegrias são muito mais intensas, tudo acaba sendo completamente diferente, mais claro, cristalino, como se sentisse o motivo pelo qual tudo acontece, mesmo não o entendendo.
É difícil explicar em palavras sentimentos com exatidão, mas se tivesse que sintetizar tudo que tenho sentido em apenas uma palavra, ela seria felicidade, agregada a um certo conformismo, de quem, no seu inconsciente sabe ser necessário passar por isso e o ganho que obterá. E esta felicidade não advém apenas de coisas boas que tem acontecido em minha vida, neste curto período. Embora algumas outras pessoas não as enxerguem assim, como acontecimentos bons, mas compreendo que são, em seu âmago, mas advém também de coisas ruins. Claro, a princípio é algo contraditório, dizer que de algo de ruim trouxesse felicidade, qualquer sentimento bom, mas é, e este é o ponto! Consigo me projetar ao meu passado, com enorme facilidade, e visualizar muitas situações ruins semelhantes (não em intensidade, pois isso é sempre gradativo, a cada experiência nos tornamos mais aptos a enfrentar problemas maiores), que me deram base para outras adiante. E sem esta experiência 'ruim' não teria como lidar com outra que estaria por vir. Ao mesmo tempo vejo à frente, e entendo que estou 'ganhando' sabedoria, calma e serenidade, para lidar com o que esta para acontecer na minha vida. E me preencho de um pensamento, quanto mais intensa a situação em que passo, maior será sua a importância no meu desenvolvimento, maior a experiência e aprendizado que tal situação irá gerar. Esta forma de pensar, que, cada vez mais, se torna automática e natural, me gera paz, controle, enxergo as 'saídas' e os 'porquês' de tais dificuldades de forma ampla, sem envolver meu discernimento e minha razão, isso me inunda de felicidade e confiança. E como, se a comum frase: quem está de fora sempre enxerga melhor o problema, perdesse o sentido. Estou dentro, mas também enxergo o problema na sua amplitude, consequentemente, vejo, que ele sempre é menor do que aparenta.
Pensando assim gero uma vibração boa a cada 'vitória', como se o Universo me retribuísse, pelo meu próprio aprendizado, com energia. Acredito que este pode ser um dos caminhos para obter a energia que, antes, conseguia através do meu 'drama de controle', alias, pensando bem é uma energia muito mais íntegra, difere. Prova disto é a enorme facilidade que noto crescente dentro de mim, em me esquivar de conflitos, que hoje os vejo como vulgares e sem importância. Antes havia a necessidade de se envolver com estes conflitos, não pela energia, mesmo porque mal tinha consciência dela, como a maioria das pessoas não a têm, mas por um orgulho pequeno, de não se deixar vencer. Como se fugir desse tipo de conflito pudesse ser considerado uma derrota.
Glauco AC
25.04.2011
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